sábado, 6 de março de 2010

Loucura,doce e felicidade.



Com um sorriso amarelo ele me olhou;
Dando sentido ao céu cinzento lá fora a me contemplar;
Sombriamente que o dia seria difícil;
Apenas repetindo alucinadamente o que a musica já me dizia:
E que minha cabeça não queria acreditar;

Como numa fotografia apagada que não tem nada para se olhar;

Mas ninguém me olha feliz;
O que me leva a pensar;
Realmente, o que foi que eu fiz?
Como um demente eu continuo sem entender;
O porquê que todas essas pessoas;
Minuciosamente continuam a me olhar;
Insistentemente como se eu não existisse;
Às escondidas eu existo?
Sinceramente, essas faces vaziam só me dizem que eu estou só;

Sim,eu vi um garoto lá fora na chuva;
Ele parecia estar tão feliz naquela hora;
Lá e ninguém parecia notá-lo;
Inveja minha ou não sua felicidade iluminou;
Zombando o céu cinzento lá fora...

E eu quero ser igual a ele;

Viajei, olhei, pensei, senti, cheirei, comi, sorri;
Paris, aurora, ser rico, loucura, doce e felicidade.
Espatifei-me, ó nossa;
Meio sem jeito, voltei...

Indiferente a tudo isso a minha vida parou;
De cara levantei-me, devolvi o livro;
o cara,sentou no meu lugar e nem me olhou...Emudecido;
Ocupado em ler sua estória,
Provavelmente satisfeito por eu ter saído;
Logo, enquanto ele fechou sua cabeça;
Ouvi meu coração e abri a minha sem ter partido;
Garimpado minhas palavras para dizer ao garoto;
Idéias a parte, pulei na calçada e corri atrás dele;
Ainda animado por minha coragem e olhando por todo lado;
Sem me dar contar com a lama da chuva em meu encalço;

Estava frio;
Mas minha cabeça estava quente;
Apressadamente o ônibus seguiu;
Mas nada do garoto na praça;
Ou eu estava louco ou eu me molhei de graça?
Realmente eu fiquei contente;

E acordei do sonho...
Acorda;
Acorde!

Nada disso foi real;
A criança que está em mim;
Continua gelada e sombria sem sentir nenhum mal;
Como essa chuva fria;
E o garoto em fim?
Continua lá embaixo do seu papelão;
Tentando se proteger da chuva a cair;
E daí?

E eu?
Continuo no meu caminho;
Eu e todos aqueles que estão comigo agora;
No meu ônibus de ilusão;
E coração;
Não existe coração...

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