Acordo.
Copos e
talheres em nossa frente
Mas são
seus olhos à minha busca
O tal sol
ao amanhecer que a muito não via.
E eu me
calo.
Tentei
ser sonífero, tentei ser forte.
Fizestes-me
crer em tudo,
Quando
não acreditava mais em nada
Só em mim
mesmo,
E na
sinistra morte
Fruto do
nosso devaneio curto, breve como tudo que é bom.
É teu
cerne o meu espirito.
É teus
olhos o meu espelho.
Observando
através desta carne ocular.
A
luz que faz a vida se mover.
Vejo-me
em tua face
Não
preciso ir longe para ver o que permitiu aos humanos evoluir tanto.
Está lá,
eu os vejo.
Não é
nenhuma novidade.
Tua
carne, uma resposta.
Carne
pela carne, coração por coração.
Dor por
dor.
Tudo um imprevisível
desenvolvimento do grande cérebro.
Cresci
seco, áspero.
Enraizado
em uma poça de falsas sensações,
Um tronco
fraco, um corpo pobre.
Mortal.
Sem alma,
sem ter, Sem ser.
Sem crer
em ti,
Provável
passageira.
A gosto
de deus, mas servindo ao pagão.
Pude ver
por um breve momento entoares cantos de paganismo.
Senti teu
cheiro, de terra molhada,
E pude
escutar o som dela sendo pisada por teus pés supra-humanos.
Não tive
medo.
Vi-te
seguir meus passos.
De perto.
A procura
dos meus olhos,
Teu
alimento diário.
E depois,
uma explosão.
Um
frenético estalo labial.
Antes,
ansiava por uma resposta,
Mas logo
vi que uma resposta não me interessa.
E que seu
rosto talhado em minha mente pouco me disse.
Minto eu,
disse sim,
Que ainda
podemos ser salvos por nós mesmos
Através
desta arma letal.
Tão livre
e delicada.
Imortal,
Como tudo
que vale a pena deve ser.