segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Luz a Minguar


Eu preciso dizer algo;
Talvez desabafar;
Num timbre sem sentindo;
Em um grito para você me escutar;

Minha doce, apesar de seu brilho;
Eu não te enxergo;
Em um cintilar, cintilando pouco a pouco;
Como uma vela apagando;
Apagando;

Seu sorriso sumindo;
O vento jogando seu cabelo;
E suas palavras ao longe;
Assoprando sua alma para longe de mim;

Minha doce;
Realmente ouve um tempo;
Em que achei que nossa flor negra;
Iria desabrochar;
Em uma bela borboleta multicolorida;

Querida;
Cintilante e tão perdida quanto eu;
Toque-me como na primeira vez;
Pela ultima vez;

Você não pode sentir meu coração;
Não posso falar minha mente;
Durma ela;
E de sonho em sonho vá buscar uma resposta;

Querida feche seus olhos;
Fim do precipício;
E o precipício é o começo;
Cante essa canção;
Antes de se atirar;

Minha doce;
Escute-me nesse ultimo suspiro de vida;
De uma curta historia...